Estava muito enervada. Era dia de exame, portanto eu estava estafada, tinha dormido 3, 4 horas, no máximo. E tinha de correr alguma coisa mal, que contribuisse para o meu mau humor. Limitei-me a ouvir. Ainda contestei, mas nunca vale a pena. Nunca valeu, para que é que iria agora servir de alguma coisa? Limitei-me a ouvir. Ouvi, e tentei concentrar-me noutra coisa. Comecei a arrancar as peles do dedo, que reparei que estavam "soltas". Mas não vale a pena. Nunca vale. Nunca vai valer. Nunca vai haver orgulho, nem reconhecimento. É horrível sentires-te um traste, o teu trabalho nunca é valorizado.
Fia.
Fia.
1 comentário:
«Salvo se formos cretinos, morremos sempre na incerteza do nosso próprio valor e do da nossa obra.»
Gustave Flaubert
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