Desde segunda-feira que estou envolvida num workshop de teatro, aqui na terrinha. Todas as noites desde aí me reuno com um grupinho de 14 pessoas no cinema e fazemos os mais variados exercícios. Hoje fizemos um “jogo” que consistia do seguinte: fazia-se uma roda, e uma pessoa começava com uma lenga-lenga base: “Eu, cavaleiro andante, sempre andante, venho da parte do meu senhor dizer que amanhã ele vai à caça.” e à medida que a lenga-lenga ia avançando de pessoa em pessoa na roda, cada um de nós tinha de acrescentar qualquer coisa, com ou sem sentido, a esta. Ora, resultado do festival:
“Eu, cavaleiro andante, sempre andante, venho da parte do cavaleiro andante, sempre andante, dizer que o meu senhor amanhã vai à caça de coelhos, lebres, tartarugas, rinocerontes e gambuzinos. Depois vai fazer uma visita de estudo e volta para a caça para lavar os dentes com pasta Colgate de mentol. Depois vai fazer o almoço e entretanto convida alguém para almoçar. A seguir vai dormir uma sesta de 13 minutos e 49 segundos e entretanto levanta-se para ler a bíblia. A seguir vai à piscina nadar de costas, atrapalha-se, engole 3 pirulitos e chama a atenção do nadador-salvador que resolve afogá-lo dentro da piscina, e ele morre. Já a filha do meu senhor que vive em Santo Amaro e Jesus de Deus, e que é boa como o milho, foi à pesca e encontrou um caozinho com o pelo macio, brilhante e sedoso e decidiu levá-lo para casa.”
(Claramente aquele workshop está cheio de gente sã e lógica!)
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